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A nossa sugestão de Artistas, não exclusivos, nas diversas áreas e estilos

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ORELHA NEGRA

O impulso para combinar e partilhar experiências – num estúdio ou num palco – esteve sempre na base dos maiores avanços criativos da música popular. E quando as experiências acumuladas individualmente se combinam num determinado ponto o resultado é quase sempre maior do que a mera soma das partes. Precisamente o que acontece com Orelha Negra.

Núcleo composto por cinco elementos; Cruz (DJ/ Scratches), Ferrano (Bateria), Gomes Prodigy ( Teclados, Sintetizadores, composições), Mira Professional, (Sampler de Voz/MPC, composição, sintetizador) e Rebelo Jazz Bass (Baixo, Guitarra).

E a Orelha Negra integra esse espírito de demanda nas suas músicas assumindo-se também como um laboratório de pesquisa da nossa memória. A ligação ao passado, no entanto, vai para lá dos sons e passa igualmente pela marcas visuais, pelos logos do mundo da música que foram encontrando lugar dentro do nosso olhar – cada um destes músicos “samplou” uma dessas referências, adoptando-a como identificação individual.

Vem aí a estreia – em single com o nome LORD – de um dos mais interessantes projectos de que há memória em solo nacional. Mais interessante por várias razões: congrega músicos de excepção, investe tempo e dedicação na imaginação, não teme o peso da nossa história singular ao evocar as nossas distintas memórias e cruza o que raramente se combina – máquinas e seres humanos, diferentes histórias musicais, diferentes culturas. A Orelha Negra vem dar ainda outro passo por sublinhar a base instrumental que tantas mensagens suportou, e encarando-a a ela mesmo como uma mensagem. De groove universal, pois claro, mas com um sabor que só se pode cozinhar em Lisboa. Aqui e agora. Ou seja, faz todo o sentido estarem aqui, em busca da perfeita repetição, sabendo que o funk é mesmo bom para suportar estas viagens no tempo. 

https://www.youtube.com/watch?v=kXaZGjLKWbg