JIGGY
É Jiggy para os seguidores, Ricardo para os amigos e segundo Carl Cox em entrevista à revista Jockey Slut, "um dos melhores DJs do mundo". Assume o techno como bandeira. Mistura-lhe influências com uma personalidade que já lhe valeu títulos como diabólico ou pioneiro.
Rewind até 1992: Jiggy, o DJ de um bar de praia na Caparica, vai ao aniversário de um amigo numa discoteca de Lisboa e acaba por conhecer o dono do espaço. "Se queres ir tocar, há ali música, estás à vontade" - foram as palavras mágicas que o levaram à cabine onde não se fez rogado.
Poucos dias depois é convidado para DJ residente. O espaço é o Alcântara Mar, uma das casas mais lendárias de sempre na noite de Lisboa. Por lá fica três anos até ser convidado para o Kremlin, outro espaço igualmente célebre.
No caldeirão das noites míticas do Alcântara Mar e do Kremlin, o nome Jiggy fica gravado no ouvido de uma nova cultura sónica: o início do movimento rave nos anos 90.
Nos anos que se seguem Jiggy viaja ao sabor das pistas. Partilha a cabine com nomes mundiais do house e do techno. Toca em clubes, discotecas, festas em castelos e conventos. Toca para milhares de seguidores dedicados, ravers da revolução das batidas por minuto.
Jiggy é o primeiro DJ português a actuar na Love Parade de Berlim em '98. Toca no festival Sonar em Barcelona. Entra em digressão nos Alpes Franceses e no Brasil. Londres, Tokyo, Toronto, Bruxelas, Copenhaga são alguns dos carimbos no seu passaporte. Em 2005 é eleito Melhor DJ Português nos Dance Club Awards.
Entre actuações ao vivo, Jiggy vai deitando mãos à produção. Começa com "Step One"e "Zinbalunga" pela editora Kaos em '95. Produz a sua primeira compilação em '97: "This is Soma: Mixed Live by Jiggy". Uma homenagem à famosa editora escocesa Soma - já com o ouvido nos primeiros temas de uns ainda desconhecidos Daft Punk.
Ao longo dos anos produz uma dezena de temas. O seu remix de Fire & Burn dos Lula & Twilo (Kult Records) chega ao top 10 de vendas da Beatport em 2008.
Actualmente, Jiggy está a criar novos sons no estúdio - com algumas surpresas para breve - e a deixar marcas nas pistas de dança. Sempre com aquele sorriso diabólico.