CARLOS MENDES
Carlos Mendes iniciou a sua carreira a solo em 1967, ano em que abandonou o grupo Sheiks, do qual foi membro fundador.
Participou e venceu, por duas vezes, o mais importante evento de música popular da época – o Festival da Canção - respetivamente em 1968 e 1972. Em 1973 concluiu o curso de Arquitetura, passando a exercer essa atividade que abandonaria pouco depois, para se dedicar em exclusivo à música.
Em 1976 fundou, juntamente com Paulo de Carvalho, Fernando Tordo e Ary dos Santos, a primeira editora discográfica independente, a Toma Lá Disco. Lança o álbum "Amor Combate".
No ano seguinte sai o disco "Canções de Ex-Cravo e Malviver" com canções como "Ruas de Lisboa", "Lisboa, Meu Amor" e "Amélia dos Olhos Doces". "
A revista Mundo da Canção atribuiu o prémio de "Melhor Disco Infantil do Ano" ao seu trabalho "Jardim Jaleco", que era também um programa de televisão.
Em 1979 os "Sheiks" regressaram para uma série de 13 programas apresentada na RTP. O grupo lança os discos "Sheiks com Cobertura" e "Pintados de Fresco 2".
Em 1980 gravou o álbum "Triângulo do Mar", que cruzava a música popular de Portugal, com sons da África de expressão portuguesa e do Brasil.
Em 1986 compôs a música para o filme "O Vestido Cor de Fogo" de Lauro António e para a peça "O Touro" do Teatro de Pesquisa Comuna. Ganhou o prémio da Associação de Críticos para a melhor música de teatro desse ano.
Em 1986 compôs a música para o filme "O Vestido Cor de Fogo" de Lauro António e para a peça "O Touro" do Teatro de Pesquisa Comuna. Ganhou o prémio da Associação de Críticos para a melhor música de teatro desse ano.
Já em 1988, compôs a música de dois filmes de Luís Filipe Costa para a RTP. Juntamente com Fernando Tordo, Paulo de Carvalho e o maestro Pedro Osório, criou em 1989 o espetáculo "Só Nós Três" que se estreou no Casino do Estoril com grande êxito. O disco, baseado no concerto, foi um grande sucesso, atingindo rapidamente o galardão de platina.
Em 1990 compôs, dirigiu e interpretou a banda sonora da série "Por Mares Nunca de Antes Navegados". Criou ainda o espetáculo "Improvisos Carlos Mendes", com encenação de Carlos Avilez.
Em 1991 criou a opereta musical "O Natal do Pai Natal" a convite da RTP, para mais um "Especial de Natal" que foi editado em disco.
A Convite da Câmara Municipal de Loures e da Escola Secundária José Afonso, compôs e gravou um disco de solidariedade com Timor.
Em 1993 foi um dos autores e apresentadores do programa "Falas Tu ou Falo Eu" da SIC.
No ano de 1994 foi editado o CD "Não Me Peças Mais Canções", com produção de Zé da Ponte, onde Carlos Mendes musicou grandes nomes da poesia portuguesa, tais como Miguel Torga, Fernando Pessoa, Carlos Oliveira, Luís de Camões e Antónia Brito. O disco incluía ainda um inédito de Mário Soares, "Para Ti Meu Amor".
Em 1995 apresentou na RTP o programa "Seleção Nacional", com Herman José e Sofia Morais, que consistia em escolher os oito intérpretes para cantarem no Festival RTP da Canção 1995.
Em dezembro de 1996 estreou, no Teatro Nacional D. Maria, o espetáculo "Carlos Mendes - Em Concerto" onde interpretou poetas portugueses.
Em 1997 colaborou no programa "Todos ao Palco", de Filipe La Féria, e lançou o CD "Vagabundo do Mar". Em 1998 faz espetáculos em Macau e na Índia, a convite da Fundação Oriente. Realizou ainda dois concertos na Expo'98.
O álbum "Coração de Cantor" foi editado em dezembro de 1999.
Como ator, integrou o elenco de "Morangos Com Açúcar - Série II e Férias de Verão II", na TVI.
Recebeu, em 2014, a Medalha de Honra da Sociedade Portuguesa de Autores, na cerimónia 'O homem, o músico e o cantor', onde o seu percurso mereceu os maiores elogios.
Em 2015 Carlos Mendes celebra os 50 anos de uma carreira recheada de sucessos e de bons momentos.
Para comemorar a data da melhor forma, Carlos Mendes regravou algumas das canções mais emblemáticas do seu repertório, como “Amélia dos Olhos Doces”, “Ruas de Lisboa” e “A Festa da Vida”, em versões de voz e piano, evidenciando assim, da melhor forma, os seus dotes de cantor e intérprete.
Carlos Mendes - um artista absolutamente único.